31/01/2008
2) confuso?
3) perdido?
4) solitário?
5) mal acompanhado?
6) visita esse blog com muita frequência?
7) a vida anda sem graça?
8) não sabe mais o que fazer?
9) procurando respostas?
10) procurando uma solução rápida e barata?
11) não é com você? e perdeu tempo lendo esse lixo de post pra que? off... nos encontramos depois do carnaval.
26/01/2008
23/01/2008
e existem dias que só ficam marcados no calendário. hoje é quarta-feira, 23 de janeiro de 2008. e existem dias que só ficam marcados na minha memória. quarta-feira, 23 de janeiro de 2008. e hoje fiquei uns 30 segundos pensando numa coisa só — quase um mantra! ser feliz é sempre uma boa idéia. mas eu não acredito em quem diz que é feliz o tempo inteiro. é preciso respirar! não sofrer! mas é preciso um pouco de desilusão, solidão e ausência das coisas. é preciso parar para pensar ou então a gente esquece quem é, esquece o que quer e os dias passam a ser dias como qualquer outro e as pessoas passam a ser pessoas como qualquer outra. não! não sei do que estou falando, não sou uma religião! não me leve a sério. só estou falando que parei 30 segundos para pensar. 30 segundos! e você e você e você estavam lá. e me perguntei quem somos e o que queremos. e fiquei com essa vontade: ser feliz! e ser feliz é sempre uma boa idéia quando penso em vocês e quando penso em nós. acho que poderia desenvolver um pouco mais esse pensamento, mas meus pensamentos não são um livro aberto com dicas de auto-ajuda. nunca li um, acho engraçado. muito loucos e sem noção esses livros. dá um tempo! 30 segundos! é o suficiente. ya, ya, ya...
depois liguei a TV. acabei ficando entediado e quase comprei uma vaca pelo Canal Rural. depois desliguei a TV. uma vaca!? nada ver. ou sim. tipo: ontem era quase fim de tarde e estávamos conversando coisas muito sérias e chegamos a conclusão de que ninguém sabia absolutamente nada sobre o que estava falando. rimos muito! é, definitivamente, estamos desesperados! e rimos sem parar. decidi que aquele era um bom momento para deixar minha alma afundar um pouco mais no meu corpo e o corpo no sofá. e o café esfriava na xícara propositalmente abandonada em algum lugar só pelo estranho prazer de esquecer. na lista de futilidades que me ocorreram naquele momento esquecer a xícara de café me pareceu a melhor idéia. respirei profundamente com um sorriso cínico ao lembrar que tenho uma memória muito esquisita. por exemplo: esqueço o que eu quero, mas não esqueço que as Plêiades eram mulheres caçadas impiedosamente por Órion e que se transformaram num agrupamento de estrelas — assim, sem mais nem menos! imagina o espanto de Órion ao perceber que seus planos de orgia foram literalmente para o espaço? uma coisa muito doida e que deve ter tirado o sono do filho do deus do mar por várias noites. muito loucos e sem noção esses deuses. e rimos mais alto ainda e somos simples mortais e os peixinhos a nadar.
e chegou a hora de dormir e a hora de dormir sim que é uma coisa muito esquisita. não me acostumei ainda e talvez nunca vá me acostumar. é necessário muito esforço para abrir mão de todas as coisas. enquanto estou adormecido a Terra gira numa velocidade de 1700Km/h, meu filho cresce, perco silêncios e diálogos, mantras, cidades, feriados, telefonemas, flores e não afundamos o corpo no sofá rindo sem parar e é mais uma noite como qualquer outra e os peixinhos continuam a nadar. ya, ya, ya...
acho que poderia desenvolver um pouco mais esse texto. sei lá! e a moral da história? boa pergunta! mas não tenho respostas.
16/01/2008
divirta-se!
está pensando que eu sou fácil? 1) eu não presto, 2) não tenho pressa, 3) aprendi a escutar, 4) desenhei um mapa com o seu nome pelo chão e paredes e teto da casa onde marquei seus pontos fortes em azul, seus pontos fracos em verde e seus sonhos em vermelho, 5) desprezo todos os seres humanos, aproveite se deixei você se aproximar, mas é bom saber que 6) eu não tenho memória — nunca! um dia tudo acaba e não sei nada sobre ontem nem amanhã. quero agora, quero já! você ainda quer me matar? vá em frente!
e não fique com essa cara de otário, com as mãos procurando algo em que possa se sustentar. acenda um cigarro, vou fazer o mesmo. aproveite bem! cigarro provoca câncer, espero que você saiba. na vida tudo é assim. causa e consequência. ação e reação. uma troca. você me entende? seja interessante e receberá todo o meu tempo, o meu mundo. só não me venha com o mesmo nhém-nhém-nhém de sempre. sabe como classifico isso? um insulto! confesse, você estava pensando mesmo que eu era fácil? achou que era como ligar a televisão ou alimentar os peixes. achou que eu era só mais um cara. cai na real: nada me interessa. me conta? o que te interessa? aí podemos continuar. ou então toma um porre, um sacode!, liga no meio da madrugada para falar sobre tudo, sobre nada, sobre um filme ou um livro, uma receita de maionese, uma viagem para o interior, para Salvador, para Bagdá, banho de cachoeira ou caminhadas na beira-mar, uma tatuagem, duas tatuagens, três tatuagens, vida própria, amigos, invente mentiras se não viveu verdades, invente listas de coisas banais, invente frase pontuais — frases pontuais são o meu ponto fraco, pode marcar em verde ou vermelho! escreva um texto completamente louco com o primeiro pensamento sem sentido que aparecer... vou te ajudar. não sou escritor nem porra nenhuma, escrevo na mesma velocidade que penso, mas vou te ajudar! escuta:
não sei porque me acostumei a ficar tão longe de você. era preciso que fosse um momento absolutamente perfeito. uma tarde de primavera, sol e luz, todas as contas pagas, as revistas cuidadosamente arranjadas sobre a mesa de centro, os móveis e quadros combinando com a cor da blusa, Miles Davis tocando... era preciso que fosse um momento absolutamente perfeito. tanto medo, sabe assim? loucas fantasias e tanto medo, você me entende? e também existem esses dias em que a vida não vem. insisto e procuro pela casa — debaixo dos lençóis, dentro da geladeira e dos armários, sobre a mesa, nas páginas de livros e cenas de filmes, nas horas que se desmancham no ar e lembranças que perderam seu lugar. e nada faz sentido. o vento bate a porta do que se foi, atravessa o corredor, invade o quarto sem pedir licença e me diz — adeus! é meu reflexo que se vai e sou eu em pedaços pelo chão. é quando a vida chega e pergunta por onde andei.
você ainda está por aí? viu como é fácil? não temos compromisso com a excentricidade nem com a genialidade ou a irrepreensível forma do ser — foda-se Ptolomeu, Mozart, Mondrian, Lacan, Gandhi, Saramago, Woody Allen, seu advogado, professor, ex-amor ou qualquer outro além de nós! somos pessoas comuns. eu e você. tentando respirar e viver um amor indevassável, mesmo que isso não exista e que não possa durar. não dou a mínima, pode rir! você tem alguma coisa melhor pra fazer agora ou depois? vamos rir juntos? só não faça essa cara de vítima. não tá bom? pede a conta! detesto vítimas! nem meu filho de 11 anos se faz de vítima porque sabe que não vai chegar a nenhum lugar! e sabe onde ele chegou? tenho poucos amigos, contei aqui... são nove! ele é um deles. nenhuma vantagem ser meu amigo, é verdade. então, mate-me logo! sinta-se livre! tentei evitar desde o início qualquer aproximação com a expressão "liberdade". achei mesmo que você não ia entender.
faltou dizer algo? meu nome, telefone e endereço você já sabe. mas agora é tarde. lembra? você conseguiu, de um jeito muito estranho, me matar.
10/01/2008
09/01/2008
02/01/2008
depois de dois dias baixando o maldito torrent diretamente da Palestina, Israel, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Chile, Grécia, Inglaterra, Irlanda, França e um outro país lá que não reconheci a bandeira... eu, um suburbano portoalegrense, brasileiro, vou assistir "I'm not there" com legendas em espanhol! é a globalização minha gente! ou para desespero do Sergio, a tal da inclusão digital!
up: meio caipira, pretensioso, excessivamente americano, com referências demais, uma trilha sonora muito legal — tudo é Bob Dylan, lógico! a cena hilária é quando aquele quarteto britânico irritante é mostrado como um bando de... britânicos! Richard Gere não coloca tudo a perder — esse cara é um mistério inexplicável. Cate Blanchett e Christian Balle são a mesma pessoa? quem gosta de Dylan vai dizer que o filme é... ahn... assista! quem não gosta ou não conhece, não vai entender nada. nenhuma novidade além daquela que todos já deveriam saber: toda esperança e experiência humana, por mais estravagantes, não mudam nada. uma hora todos precisamos dormir... até mesmo Bob Dylan. e bateu uma saudade dos meus discos de vinil.