23/02/2007
eba! acabo de matar uma lesma e matar uma lesma é uma tarefa muito simples — basta colocar uma pitada de sal e observar o bicho se contorcendo. não que eu sinta alguma satisfação excêntrica em matar lesmas, mas na falta de algo melhor para fazer, considerei uma opção bastante razoável. tudo bem, nada de pânico! também tenho os meus motivos e justificativas e era só uma lesma, não uma árvore da Floresta Amazônica. acho que vamos todos sobreviver e podemos conviver pacificamente com esse pequeno delito, juntamente com aqueles segredos guardados no armário, coleção de vaidades, desejos frustrados, moinhos de vento, leituras inúteis, opiniões raivosas, balas perdidas, universos ínfimos e a inevitável invasão do Irã — antes que seja tarde, sugiro que outro país faça o serviço. os norte-americanos são irritantemente incompetentes quando o assunto é invadir-na-porrada países subdesenvolvidos. quem sabe os franceses? muito mais élégant, embora mais traumático e pouco recomendável assistir no YouTube o vídeo de Mahmoud Ahmadinejad sendo executado na guilhotina. em protesto, a turma da maçã-para-as-professoras pode brincar de boicote aos livros de Proust, champanhe e filmes com participação do Jean Reno. perfeito! uma pitada de sal e acabou o assunto, o amor às causas perdidas, the answer is blowin' in the wind e seja o que for! e depois seguimos com nossas vidas como se nada tivesse acontecido. é por essas e outras que mato lesmas! nunca chegamos num acordo. sempre que jogo as criaturas de volta no jardim, elas retornam e insistem em desenhar aqueles rastros gosmentos pelas paredes. ah, vão se fuder!
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Rogerio B.
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