03/04/2007

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

One Art, Elizabeth Bishop

7 comentários:

Ane disse...

p q p . . .
tu tá querendo me humilhar, né? eu, pelo menos, não posto Baudelaire em francês.

ok, ok! vou ler o poema em ingreis do lula mesmo.

beijo!

Ane disse...

Tá... já li.
É um belo poema, meu amigo. Vou te contar uma coisa: tu é o tal master, viu? Que coisa. Que arte esta! A do fingidor.
Beijos pra ti e para a Beth.

Anônimo disse...

Yesterday I lost my english book. And my english/portuguese dictionary too. So, today I'm loosing the real meaning of this beautiful poem. Pehaps google translation tools can help me.

Oh, but don't worry... Like Gloria Gaynor, I will survive.

'cause the art of losing isn't hard to master. :)

Anônimo disse...

Ane e Sergio,
tsc, tsc... ter amigos que não sabem inglês é uma pobreza que vou te contar! eu, por exemplo, que domino completamente a língua inglesa, só encontro dificuldades na tradução quando o inglês não é aquele utilizado pelos índios comanches, que como todos sabem perfeitamente, lived in plains of the south of the Texas.

na real, resolvi implicar com as duas traduções do poema para o português. quase fiz uma mistura dos dois, que ficaria mais ou menos assim ó:

A arte de perder não é um mistério;
tantas coisas contêm em si a intenção
de se perderem, que perdê-las não é assim tão sério.

Perca um pouco a cada dia. Aceite,
a chave perdida, a hora gasta inutilmente.
A arte de perder não é um mistério.

Então procure perder mais, perder mais depressa:
lugares, nomes, e a lembrança
da viagem não realizada. Nada disso é sério.

Perdi o relógio da minha mãe. E olha! a última, ou
a penúltima, de três casas que amava desapareceu.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades encantadas. E, mais vastos ainda,
reinos que possuía, dois rios, e um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

– Mesmo perder você (a voz,
o gesto que amo) não foi diferente disso. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
mesmo que nos pareça (escreva!) algo muito sério.

ou mais ou menos isso... agora, Gloria Gaynor foi demais! ahahahah!

Anônimo disse...

Ane,
pra que vou ler 245 páginas — se não cair no sono na terceira! se posso simplesmente assistir um filme onde a personagem lê inteirinho o melhor poema do livro? aí, como sou um cara observador, foi só olhar o nome do autor na capa, pesquisar dois ou três sites no Google, e está pronto! sou um profundo conhecedor da vida e da obra de Elizabeth Bishop e já posso sair por aí impressionando os mais incautos com todo meu conhecimento cultural.

além de economizar tempo, ainda serve de recurso ou requinte, dependendo da situação, e substitui aquelas cantadas manjadas!

:P

Silvia Chueire disse...

Inteligente, irônico e musical, o poema. Funcionará a receita para aprender a perder?

It's the art I wouldn't care mastering. : /


Beijos,
Silvia

Anônimo disse...

Silvia,
dominar essa arte é simples. 1) você perde a primeira vez e descobre que o ser humano tem uma capacidade impressionante de regeneração, com exceção dos dentes, o que lamentável; 2) perde a segunda vez e descobre o torpor das bebidas alcóolicas e passa a beber socialmente todos os dias; 3) você enche o saco de perder, manda um foda-se pra todo mundo que aparece com esse papo de viver, descobre que sobreviver é a grande piração, começa ter um comportamento esquisito, e descobre toda devassidão do universo. opa, ou seria: imensidão do universo? e 4) percebe que quanto mais perdas acumular, mais ganhos conquistou, e a coisa vai ficando interessante e divertida.

beijos